Direto de Buenos Aires, mais precisamente de Palermo Soho, nome meio metido a besta do bairro maomeno Vila Madalena da cidade. Nos arredores do hotel que estou, na rua Guatemala, ficam as lojas, galerias, bares, restaurantes e cafés considerados "de vanguarda" pelos portenhos. De vanguarda mesmo, eu não sei se são. Mas o bairro está visualmente em transformação, com diversos prédios/casas em obras e estabelecimentos charmosos recém-abertos.
Logo que cheguei, no sábado, caminhei até a praça Cortázar, que por sua vez é uma Benedito Calixto local (com uma feirinha bem menor e menos atraente que a de San Telmo de domingo). O dia ensolarado e os inúmeros bares em volta da pracinha convidavam para uma cerveja en la terraza.
Primeira constatação: a Brahma chegou a galope por aqui. Agora disputa os guarda-sóis de patrocínio com a local Quilmes. Dá uma sensação meio esquisita. É como quando você está fora do país e encontra brasileiros circulando - você adora os conterrâneos, mas não é o que espera ou quer encontrar quando cruza a fronteira. E Brahma está bem atrevida nos display e na TV, onde aparece em propaganda com uma versão "balada", a Brahma Beats. Heim? Pois é, Brahma Beats. É tudo da Ambev mesmo...
Isso posto, fiquei feliz da vida quando encontrei o bar Prologo M. R. Cerveceria. Um cartazinho pendurado na porta dava conta que lá eles oferecem 70 tipos de cervejas, incluindo importadas e artesanais nacionais. Fui direto no setor das artesanais, onde seis marcas (com diversos rótulos disponíveis) eram anunciadas. Fui na que "mais sai", segundo a garçonete, e pedi a Antares Kölsh (12 pesos), bem densona, turva e encorpada. Na Argentina eles não bebem cerveja tão gelada quanto nós, então a mais pedida deles talvez não tenha sido uma boa para uma brasileira num dia quente de 27C.
Na sequência, arrisquei e pedi a Valle del Tafí (12 pesos), que em seu rótulo defende ser a primeira cervejaria artesanal do norte da Argentina. Foi surpreendente: com 6,1% de teor de álcool, ela é das cervejas mais frutadas que já tomei, com notas de abacaxi e maracujá, e, apesar de turva e densa, é bem refrescante.
Logo que cheguei, no sábado, caminhei até a praça Cortázar, que por sua vez é uma Benedito Calixto local (com uma feirinha bem menor e menos atraente que a de San Telmo de domingo). O dia ensolarado e os inúmeros bares em volta da pracinha convidavam para uma cerveja en la terraza.
Primeira constatação: a Brahma chegou a galope por aqui. Agora disputa os guarda-sóis de patrocínio com a local Quilmes. Dá uma sensação meio esquisita. É como quando você está fora do país e encontra brasileiros circulando - você adora os conterrâneos, mas não é o que espera ou quer encontrar quando cruza a fronteira. E Brahma está bem atrevida nos display e na TV, onde aparece em propaganda com uma versão "balada", a Brahma Beats. Heim? Pois é, Brahma Beats. É tudo da Ambev mesmo...
Isso posto, fiquei feliz da vida quando encontrei o bar Prologo M. R. Cerveceria. Um cartazinho pendurado na porta dava conta que lá eles oferecem 70 tipos de cervejas, incluindo importadas e artesanais nacionais. Fui direto no setor das artesanais, onde seis marcas (com diversos rótulos disponíveis) eram anunciadas. Fui na que "mais sai", segundo a garçonete, e pedi a Antares Kölsh (12 pesos), bem densona, turva e encorpada. Na Argentina eles não bebem cerveja tão gelada quanto nós, então a mais pedida deles talvez não tenha sido uma boa para uma brasileira num dia quente de 27C.
Na sequência, arrisquei e pedi a Valle del Tafí (12 pesos), que em seu rótulo defende ser a primeira cervejaria artesanal do norte da Argentina. Foi surpreendente: com 6,1% de teor de álcool, ela é das cervejas mais frutadas que já tomei, com notas de abacaxi e maracujá, e, apesar de turva e densa, é bem refrescante.
Mas não foi só nesse bar especializado que as artesanais argentinas deram pinta até agora, em minha curta estadia em Buenos Aires. Vários restaurantes que visitei sugeriam em seus cardápios algum rótulo de microcervejarias. Foi o caso da Otro Mundo, que pedi na casa de parilla Miranda e que, quando perguntei para o garçom do que se tratava, ele resumiu numa sinceridade desconcertante "és una cerveza artesanal, pero a mi no me gusta".
Fui obrigada a desobedecer seu conselho (e sentir um prazerzinho de fazê-lo), mas no fim tive que dar o braço a torcer. A Otro Mundo é meio grosseira no paladar, tem sabores muito fechados, e está longe de ser das melhores Golden Ale que já tomei. De qualquer forma, a oferta das micro na cidade me animou, mostrando que talvez na América Latina estejamos no mesmo movimento de valorizar seus produtores artesanais - coisa tão normal em terras européias.
Aliás, para a turma fã dos rótulos do velho continente, também há uma boa notícia nessa história: na mesma Prologo Cerveceria, a Leffe sai por módicos 16 (R$ 11) pesos e a La Trappe é vendida por 22 (R$ 15) - estanhamente, o mesmo preço que cobram pela Erdinger.
2 comentários:
Que legal Marina ! Poder provar essas cervezas de los hermanos !
Agora falando de vinhos, se tiver oportunidade não deixe de provar os tintos de Carmelo Patti e do Montchenot. Vinhos deliciosos, tradicionais. Diferentes dos vinhos modernos e muito parecidos que temos por aí e por aqui !
Um abraço !
Henrique, anotadas as dicas. Obrigada e abraços.
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