Vi no blog do Luiz Américo um post dele comemorando, como quem acha um tesouro, o fato de a pizzaria Brascatta cobrar apenas R$ 5 pelo seu serviço de valet. Em tempos em que não basta pagar R$ 200 por casal por qualquer refeição razoável na cidade, é preciso ainda bancar outros R$ 10 (ou R$ 12, ou R$ 15, como muitos estão agora, após recente “reajuste”), não só entendo como compartilho.
E o que dizer dos valets-cortesia? Lembro que quando comecei a ir a restaurantes com meus pais, avós e tios, o serviço do manobrista era uma gentileza do restaurante para os clientes que ali iriam deixar um belo valor pela refeição. E isso em uma época em que estacionar na rua não era um transtorno (nem por falta de vaga, nem por risco de assalto). Não era uma necessidade, era um agrado.
São poucos – pouquíssimos! – os lugares que ainda mantêm tal prática e acho que eles merecem ser lembrados pela atitude cordial, tão fora de moda hoje em dia. Se ser gentil não parece atraente o suficiente aos donos de estabelecimentos, vale lembrar que esses pequenos mimos são aquilo que, muitas vezes, faz o cliente voltar.
Quando quero tomar café da manhã, ou tomar um lanchinho à tarde na Vila Madalena, nem penso duas vezes: vou direto para a St. Etienne, onde sei que há o serviço gratuito de manobristas. Acho a padaria cara para o que serve e os produtos não me surpreendem. Mas o valet, num bairro infernal de estacionar, é gratuito. E eu volto.
E hoje fui jantar no Tanuki que também – pelo menos até o mês passado – tinha um rapaz que manobrava o carro dos clientes e estacionava (às vezes ali em frente mesmo), sem que o restaurante cobrasse nada por isso. Hoje, deixamos o carro com o mesmo rapaz, que, depois que nos sentamos, nos alcançou afobado. “Vocês esqueceram o ticket”. Ok, entendido, perdemos mais um cortês. Mas, para não ficar só na reclamação, compactuo com Luiz Américo e comemoro: pelo menos o valor cobrado foi de R$ 5.
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