quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

O novo menu da Dona Onça

Hoje fui almoçar – e acabei passando a tarde toda – no Dona Onça. Sou fã declarada do lugar por vários motivos: adoro o Copan, ali a cerveja e a cachaça são tratadas com o devido respeito, além de oferecer petiscos que os novos bares simplesmente costumam ignorar, como fígado acebolado e moela. Adoro.

E eis que hoje, num almoço para tratar de outros assuntos, conheci o casal Rueda. Olha, dá gosto de ver. É evidente a paixão com que os dois tocam o negócio, como as criações surgem naturalmente e como a empolgação com cada detalhe transparece que aquilo é um gosto – e não só um ofício. Como o próprio Jefferson Rueda disse, ter bar e restaurante é doação de sangue. Eu acredito.

Pela primeira vez comi um prato, já que sempre fui à noite e acabava petiscando. De entrada, fritada do rio e do mar (à dorê, não sou das mais entusiastas) com um molhinho de gengibre. Depois, fui de picadinho, o carro-chefe da casa. E estava gostoso, mas me arrependi por não ter pedido o frango com quiabo, que há dias estou com desejo, e que não reparei que tinha no cardápio. Bem, já tenho motivo para voltar!

Janaína Rueda: novos pratos no cardápio

A casa reformulou o menu e está com novidades como a língua ao molho madeira servida com purê de batata, a omelete com queijo e tomate e o camarão com chuchu, além da panelinha de carne louca que agora acompanha o couvert (um mimo). Janaína contou que foi acrescentando os pratos conforme os clientes foram pedindo, mas que não conseguiu tirar nada do cardápio porque simplesmente tudo tem saída. Fora que os freqüentadores aos poucos ficavam sabendo da mudança e praticamente a ameaçavam “não vai tirar a rabada né?”, “nem pense em parar de fazer as almôndegas”. E a Dona Onça achou por bem manter tudo.

Asteriscos indicam novidades

Mas hoje o ponto alto mesmo foi a bebida (olha que coisa!) e a sobremesa. Logo eu que não sou do doce. Confesso que quando a Janaína disse que ia pedir uma Água de Valência pra gente experimentar pensei que bebida àquela hora, com aquele calor, em plena metade do dia, não ia ornar. Mas como ornou! O drinque vem numa jarrinha, como uma sangria, e é feito com espumante, gin, maracujá e morango picado. Perfeito para um dia de calorzão.

Já o grand finale foi uma receita de cartola que o Jefferson resolveu dar aquela modernizada. E o prato chega que é a coisa mais linda: fatias de banana-da-terra fritas que, dobradinhas, formam um envelope recheado por creme de queijo-de-coalho, salpicadas por canela e com chocolate em pó ao lado (peneirado sobre dois talheres, que ficam com a imagem “vazada” no prato). Nas palavras do chef “a mistura improvável que deu certo”. E deu mesmo, além da apresentação fofa. Pena que não fotografei.

Nenhum comentário: