terça-feira, 2 de junho de 2009

Drinques de pisco


Muito se falou, desde antes da inauguração, sobre o La Mar, a casa de gastronomia peruana, parceria do afamado Gastón Acurio (chef que é o principal divulgador da comida andina) e de
Alexandre Mi­qui, do nipo-peruano Shimo. Todas as linhas publicadas são merecidas - o ambiente é agradável, os ceviches são de um frescor incrível e as causas, bolinhos de massa de batatas cozidas com recheios diversos, ainda que um tanto "estrangeiras" para nosso paladar cumprem seu papel de paladinas de uma cultura alimentar diferente.


Mas não vi nada sobre os drinques, ou nada à altura da carta, que é um espetáculo. São diversos coquetéis (palavra antiga essa, que eu adoro), muitos com o pisco como protagonista. O responsável pelas coloridas e criativas bebidas é Rick Anson, consultor, bartender e sommelier com quem tive o prazer de ter aulas de coquetelaria (outra palavra antiga, parece) na pós-graduação, que agora trabalha com exclusividade para a casa (antes disso desenvolveu cartas de drinques para estabelecimentos como Gabriel, Boteco Aroeira e o próprio Shimo).




O pisco sour que tomei no La Mar não tem precedentes e pode ser equiparado em frescor a uma frozen margarita, sem ter de lançar-mão do gelo granulado para tanto. ok, quantas vezes tomei um pisco sour para fins de comparação? Poucas, é verdade, mas sei do que o rapaz é capaz: em uma de suas aulas colocou como desafio que fizéssemos uma caipirinha in-crí-vel com Velho Barreiro (nada contra, mas ?) e depois preparou ele próprio um drinque que me deixou sem entender qual era a mágica* para que ficasse tão bom.


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Uma rasgação de seda depois, fica a dica: quando for ao La Mar, não deixe de pedir um dos drinques. Para quem não tem previsão de visitar a casa em breve, segue uma receitinha de um dos itens da carta que me chamou a atenção:


Maracujá sour


Ingredientes:

90 ml de Pisco

30 ml de suco natural de maracujá

30 ml de xarope de açúcar simples

1 lance de clara de ovo


Modo de preparo:


Colocar todos os ingredientes no liquificador, acrescentar pedras de gelo e bater até ficar homogêneo. Acrescente uma cereja.



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*um pouco da mágica no fim do curso eu entendi. Um dos grandes macetes que Rick me ensinou foi o uso da goma no lugar do açúcar. Ela evita que parte da bebida fique azeda e o fundo, doce demais. O preparo da goma é facílimo: uma parte de água e outra igual de açúcar levadas ao fogo até virar um líquido viscoso, transparente e uniforme. Guarde em uma bisnaga parecida com aquelas de catchup (vendida em qualquer casa de R$1,99) e use sempre que for preparar sua caipora. É tiro e queda.

Um comentário:

casa di minas disse...

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